Monday, March 26, 2007

Desculpem o desabafo...


Ás vezes, há pequenas coisas que nos fazem ficar maiores...Eu sei que a minha sensibilidade me leva a ser um bocado pró piegas, but that's just me...
Acabei de ver um dos que se transformou num dos filmes da minha vida..."Little Miss Sunshine". é a simplicidade, a" humanidade"(não, não quis dizer humanismo, porque me faz lembrar uma cadeira de cariz altamente religioso que tive na faculdade...) do filme que, para mim, o torna tão genial. Que família aquela! No final, encontram uma réstia de felicidade em conjunto, quando menos esperavam... Acontece-me a mim, ás vezes...nos momentos mais estranhos, mais inesperados, sentir uma paz interior que faz tempo não conseguia ter! Sabem uma das coisas que me deixa feliz? Já experimentaram a sensação de por a cabeça fora do vidro do carro e tentar respirar? Ou de deixar a mão fora da janela, contra o vento? Isso não vos faz sentir livres?
Bom, se calhar, sou só eu sem sono, porque aínda é uma e meia da manhã...

Sunday, March 25, 2007

de encher as bistinhas...





Este sábado (ou ontem, mais precisamente(, fui ver um espetáculo fantástico de dança contemporanea... deborah colker é o nome da coreógrafa, "Nós" o do espetáculo
. Meus amigos, haja erudiçao!!!
Crítica e fotos aqui...confiram, se tiverem vontade.
(Nota: eu podia querer louros, mas vou confessar que, obviamente, o texto n é meu...)



AMARRADO E EMOTIVO


Companhia de Dança Deborah Colker

"Quão deliciosos são estes implementos de tortura", escreveu Marquês de Sade. "NÓ", último trabalho da coreógrafa brasileira Deborah Colker, teria o feito babar em dois tempos.
A luz tem tom sépia, a música é uma batida dissonante. Uma mulher fica de pé, seus pulsos e tornozelos atados, enquanto um homem ajusta e aperta suas amarras. Eles parecem nus, salvo por tapa-sexos.
Quando os dançarinos se dobram e contorcem, estes tapa-sexos parecem crescer, expostos por uma perna que sobe acima do ombro ou um braço que surge debaixo de uma virilha. Do pé-direito penduram 120 cordas, unidas num ponto central, uma arvore da vida na qual os dançarinos se contorcem e enroscam, num momento latejantes de prazer, no outro retesados de dor.
Colker, que já foi estudante de psicologia e jogadora de vôlei profissional, levou sua companhia de 17 membros para seminários de filosofia e aulas de atadura de Nós náuticos em preparação para esta enérgica exploração do desejo. O resultado é empolgante, intenso e, às vezes, inquietante: uma exposiçãoo altamente elétrica da dinâmica sexual.
Em parte alguma isto fica mais explícito do que na cena em que um homem faz uma alça de corda ao redor de uma mulher, a ergue por esta alça, coloca sua própria cabeça na alça e sai andando, o corpo dela ao mesmo tempo um NÓ apertado de submisso contra seu peito e um fardo dominador.
O momento mais explicitamente erótico é um dueto feminino. À esquerda do palco está pendurado um feixe de corda com a aparência de longos cabelos, embaraçado como dreadlocks. As mulheres o circulam e uma é outra, então o balançam para a trás e para frente, depois se enroscam nele, o tempo todo acariciando as cortinas de cabelo, ocasionalmente o repartindo para revelar rostos úmidos, olhos vidrados de desejo.
Há muito mais acontecendo aqui do meramente a dança. Olhares e toques são trocados e, em um momento, uma brincalhona palmada na bunda, tornando-nos todos voyeurs. A segunda parte de NÓ se constrói sobre este voyeurismo. Uma caixa transparente toma o lugar da floresta de corda, um clarão brilhante joga um fulgor ríspido sobre a estória.
Aqui, os figurinos são paramentados num vermelho vivo, propositalmente brega, seus rostos refulgentes com a mais pura luxúria. Um homem com cabelos cor-de-fogo saltita como um sátiro sorridente. Há um pouco de dança-de-poste de bar stripper, há um picante jazz dos anos 70 e muito espremer de corpos contra as paredes de plástico transparente. Fica bem mais "hardcore" neste ponto. Talvez até o Sade perdesse o apetite.

Monday, March 19, 2007

As maravilhas da ciência


Espécie: Moscum transgenicorum

Saturday, March 17, 2007

"nuance" de semelhança cultural!


Hoje, um amigo disse uma coisa engraçada... todo o brasileiro apanha, alguma vez na vida, de havaianas!
Depois fiquei a pensar como somos roubados ao adquirir esse "dispositivo pedagógico"...

Wednesday, March 14, 2007

Passeio no mercado

No centro da cidade,
Centro de tudo, o bom e o mau,
O cheiro de mil frutos
Que eu nunca vi...
(Tu já viste?)
Entrou pelos olhos e pelos poros.
As palavras de quem vendia povoam agora a minha pele
E cada palavra tinha um aroma diferente!
Depois, passos e mais passos
Por ruas e mais ruas
Terminaram nestas palavras poucas
Que tento, sem conseguir
Que mostrem os meus sentidos...

Monday, March 12, 2007

baby (para a minha irmã)


Baby
(Mutantes)

Você precisa saber da piscina
da margarina, da Carolina, da gasolina
Você precisa saber de mim

Baby,baby
Eu sei que é assim

Você precisa tomar um sorvete
na lanchonete
Andar com a gente
Me ver de perto
Ouvir aquela canção de Roberto

Baby, baby
Há quanto tempo

Você precisa apender inglês
Precisa aprender o que eu sei
E o que eu não sei mais


Eu sei, comigo vai tudo azul,
Contigo vai tudo em paz
Vivemos na melhor cidade
Da América do Sul
Da América do Sul
Você precisa,você precisa
Não sei, leia na minha camisa
Baby, baby
I love you

Gracias a la vida!

A viagem ainda agora começou...mas o coração já está cheio!
Amigos vão surgindo por cá, pessoas interessantes, lugares interessantes. Só queria ter uma máquina de filmar para poderem conhecer melhor as figuras...
Uma coisa que me espanta aqui é a inteligência emocional. Quando se cumprimenta um amigo, independentemente do sexo emissor-receptor, surge um abraço! Quando se gosta, demonstra-se pelo toque, vê-se no sorriso! Imaginem o que é chegar a uma aula e receber um abraço da professora, a quem tratamos pelo nome! Para nós é meio estranho, não é? Pois saibam que é bom demais!
Depois, há os lugares...Cada espaço parece ter a sua história, a sua cara...respira! As sonoridades são muitas e diversas...Surpreendam-se os eruditos lusitanos, há quem ame Pink Floyd em Recife!Mas tem abertura para ouvir a música nacional, que têm prazer em dar a conhecer... Acho que tenho de aprender isso por cá.
Ontem á noite, falava-se de patriotismo. Recife e Olinda fazem anos. Dizia-se que as pessoas se esquecem disso, porque não é feriado e que, se fosse, estariam a pensar para onde viajar... Mas na praça ao lado tinha acabado um espetáculo de rua comemorativo dessa data... Dei por mim a pensar que, no feriado de Portugal, Dia de Camões, muitas vezes viajo para Espanha... Que raio de patriotismo o meu!
Bem, para concluir, aqui tenho encontrado alguma da paz que me faltava aí, na conjugação de todos os factores, das circunstâncias que me rodeiam. Para ser total, só faltam os meus amigos...

"Sei que vou morrer,
não sei o dia
Levarei saudades da Maria
Sei que vou morrer
não sei a hora
Levarei saudades da Aurora
Quero morrer numa batucada de bamba
Na cadência bonita do samba!"
(Cássia Eller)

Friday, March 9, 2007

fotos de carnaval...






vão tarde mas chegam...
Espero que gostem!